segunda-feira, 15 de agosto de 2016

CASA CUSTO ZERO, NOVOS OBJETOS E ESPAÇOS



Caixote de mamão papaia in natura sobre mesa de desenho.

No mês de agosto/2016, preparamos alguns objetos para melhorar as cores e a comodidade de nossos espaços de trabalho. Recuperamos algumas peças, fizemos uso de algumas garrafas plásticas e de alguns caixotes utilizados como suportes de plantas e flores. Uma velha mesa de desenho voltou à sua função original e o divã que demorou a sair do papel, parece que dessa vez será concluído. Vejamos algumas dessas peças e alguns desses espaços produzidos com móveis recuperados e madeira de última vida.



Visão geral da parede da mesa de desenho.



Garrafas de aguardente com flores


Cheiros e flores com livros sobre mesa de desenho.

Velha mesinha lateral recuperada

O divã saindo do papel.



segunda-feira, 8 de agosto de 2016

NÃO JOGUE FORA O SEU VELHO MÓVEL DE MADEIRA!



A indústria do descartável há muito vem contribuindo para a deterioração do meio ambiente, mas na entrada co século XXI com a explosão do crescimento da indústria moveleira de ocasião, o assunto passou a ser tratado pelos ambientalistas como algo que precisa ser combatido com urgência. No entanto percebe-se que as ações do estado não são suficientes para deter o crescimento da ruma de móveis que são jogados nos rios, mares e lagoas todos os anos por duas razões principais: 1) não existem programas eficazes de coleta de móveis que se tornam emprestáveis em curto espaço de tempo. 2) a indústria do móvel de carregação tem como objetivo colocar um produto no mercado esperando que ele se acabe junto com o pagamento da última prestação. Isso acontece com toda a mobília necessária para casa: guarda vestidos, cômodas, consoles, suportes, nichos, poltronas, sofás, estantes e objetos de decoração das mais variadas naturezas construídos com as várias formas de aglomerado existentes no mercado ou com o pinus travestido em tudo que é tipo de madeira.

O pinus que serve para paletes pode se transformar em atraente peça de mogno, peroba ou até em seu primo rico, o pinho de Riga português. O problema é a sua baixa resistência principalmente daqueles tipos que têm baixa densidade. No Brasil existem catalogados cerca de 50 tipos de pinus, mas nenhum deles possui a resistência da peroba, do mogno ou do cedro existente naquele móvel de aparência tristonha que você deseja colocar no lixo. Para que isso não aconteça, tire um fim de semana para livrá-lo do fogo. Compre tintas, lixas, colas e pincéis e ponha mãos à obra. Ao deixar de colocar um móvel de madeira nas ruas você está contribuindo para a despoluição do meio ambiente e evitando o corte de mais uma árvore que seria necessária para a feitura do móvel que deverá ocupar o lugar de sua estante acabada pelo tempo, mas que certamente foi feita com uma madeira de melhor qualidade do que aquela que certamente virá na próxima peça que você vai adquirir. Nas fotos abaixo, uma série de peças prontas para restauração e outras que já passaram pelo processo de rejuvenescimento.


Cadeira à espera de tratamento no Madeira de Rua
























Velha peça Chipandelle à espera de tratamento




Cadeira Marquesa, ainda em uso.

BANCOS SIMPLES, MUITO FÁCEIS DE FAZER!




Ao longo da história do desenho industrial que, nos séculos XIX e XX, passa a contribuir para a facilitação dos processos e para a melhoria dos índices das linhas de produção, uma parte menos comprometida com a velocidade e mais com a qualidade de vida das populações, se esmerou em buscar aproximações com os setores subalternos da sociedade no afã de desenvolver objetos com materiais de baixo custo à disposição desses grupos humanos. Neste particular, a Escola de Artes Bauhaus, Alemanha, cumpriu o seu papel enquanto existiu trazendo a produção dos artesãos para o interior da academia visando à melhoria da qualidade dos produtos que emergiam do que hoje podemos, em síntese, chamar de arte popular ou artesanato. Em se tratando de individualidades destacarmos o trabalho do arquiteto Victor Papanek atuando junto às comunidades africanas na feitura de projetos muito simples que partiam do desejo do indivíduo. Papanek dizia que o melhor arquiteto é o sujeito que vai habitar a casa. No mobiliário dentre as dezenas que esboçaram esta preocupação destacamos o nome de Gerrit Rietveld que, na década de 1930, projetou uma série de móveis para tempos de crises e que mais tarde recebeu o nome de um desenho para pobres ou coisa muito semelhante. Neste aspecto, a cadeira Gerrit de 1934 é emblemática: toda feita com madeira reaproveitada, de cortes e montagem muito simples. Nós mesmos, do Madeira de Rua, temos a nossa réplica da Gerrit 1934. No afã de contribuir para que não se percam idéias como as que acabamos de relatar colocaremos nas fotos baixo uma série de bancos feitos com objetos que rolam pelas ruas das cidades e que podem se transformar em interessantes objetos para sentar sem que tenhamos que contribuir para o corte de mais uma árvore. Vamos a eles.



Banco 1: barrica de plástico policromada.


























Banco 2: tronco de amendoeira pintado de branco.



Banco 3: barrica de papelão com tampo de aglomerado e papel torcido.




Banco 4: velho suporte para materiais de limpeza com tampo de aglomerado e papel.