Ao longo da história do desenho
industrial que, nos séculos XIX e XX, passa a contribuir para a facilitação dos
processos e para a melhoria dos índices das linhas de produção, uma parte menos
comprometida com a velocidade e mais com a qualidade de vida das populações, se
esmerou em buscar aproximações com os setores subalternos da sociedade no afã
de desenvolver objetos com materiais de baixo custo à disposição desses grupos
humanos. Neste particular, a Escola de Artes Bauhaus, Alemanha, cumpriu o seu
papel enquanto existiu trazendo a produção dos artesãos para o interior da
academia visando à melhoria da qualidade dos produtos que emergiam do que hoje
podemos, em síntese, chamar de arte popular ou artesanato. Em se tratando de
individualidades destacarmos o trabalho do arquiteto Victor Papanek atuando
junto às comunidades africanas na feitura de projetos muito simples que partiam
do desejo do indivíduo. Papanek dizia que o melhor arquiteto é o sujeito que
vai habitar a casa. No mobiliário dentre as dezenas que esboçaram esta
preocupação destacamos o nome de Gerrit Rietveld que, na década de 1930,
projetou uma série de móveis para tempos de crises e que mais tarde recebeu o
nome de um desenho para pobres ou
coisa muito semelhante. Neste aspecto, a cadeira Gerrit de 1934 é emblemática:
toda feita com madeira reaproveitada, de cortes e montagem muito simples. Nós
mesmos, do Madeira de Rua, temos a nossa réplica da Gerrit 1934. No afã de
contribuir para que não se percam idéias como as que acabamos de relatar
colocaremos nas fotos baixo uma série de bancos feitos com objetos que rolam
pelas ruas das cidades e que podem se transformar em interessantes objetos para
sentar sem que tenhamos que contribuir para o corte de mais uma árvore. Vamos a
eles.
Banco 1: barrica de plástico policromada.
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