segunda-feira, 27 de junho de 2016

RELÍQUIA MERECE MOLDURA




Há cerca de dez anos, pensamos em fazer uma proteção para os velhos LPs de nossa coleção. São cerca de 2000 unidades de todas as tendências, algumas muito comuns outras muito raras, como uma coleção de discos gravados somente por cantoras ou um apanhado de 10 LPs com a obra quase completa de Villa Lobos. Com essa preocupação, fizemos uma moldura com encaixe onde você pode, de vez em quando, trocar as suas estrelas. São tão interessantes as capas desses LPs, que, a cada dia, vai ficando comum a sua utilização, depois dos bares, também nas residências. Um jogo com nove molduras é suficiente para que os amantes da música, ao chegar em sua casa, saibam quais são os músicos e cantores que fazem a sua cabeça. Vejam como ficaram os primeiros Lps emoldurados.






domingo, 26 de junho de 2016

VELHAS GAVETAS, BELAS GAVETAS!




A confecção de uma gaveta, por mais vulgar que seja a matéria escolhida, é sempre muito cara. Colocar o guarda vestidos em pé, não é muito difícil, desde que você tenha certo cuidado com os alinhamentos e com os esquadros, tudo pode ser feito sem grandes esforços. As gavetas precisam de um pouco mais de atenção; e é por isso que os móveis que adquirimos em lojas de eletrodomésticos e assemelhados vão muito cedo para o lixo. Basta olhar com mais atenção para as calçadas. Tem sempre uma pilha de boas gavetas sendo jogada fora. Tema semelhante você pode ver em: eugenio-cincodejunho.blogspot.com.br


Algumas feitas com MDF ou compensado de péssima qualidade. Mas não é somente isso. Podemos também encontrar excelentes gavetas feitas com materiais de primeira linha. São essas gavetas velhas que podem se transformar em belas gavetas como um móvel auxiliar para colocar pequenas quantidades de livros ou pequenos portes porta trecos. Na sequência, uma série desses objetos, facilita o entendimento de tudo que até agora nos esforçamos para transmitir. Vide mais em: facebook/casacustozero




 Boa para cozinha




Funcional para o canto íntimo

E esta, aonde você colocaria?

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quinta-feira, 23 de junho de 2016

AS MESAS DE CENTRO TRAZIDAS PELA TELEVISÃO





Quase todas as mesas que ficavam nas salas das casas das sociedades médias eram altas e poucas eram as residências que tinham sofás e poltronas fazendo um jogo de 3 peças. Essa nova configuração das salas foi pensada para acomodar o povo que precisava de algo mais confortável para ver televisão. Mesas de centro não existiam. O problema é simples:  colocavam-se poltronas e sofás, mas as mesas altas impediam a visão da televisão que ficava encostada na parede oposta. O jeito foi tirar a grande mesa da sala e colocar uma mesinha baixa que servia para colocar o jarro de flores e ainda dava para receber os pés nas horas de descanso. 




Estamos falando das casas das famílias médias da sociedade porque nas casas dos ricos havia sempre alguém a recolocar as coisas no lugar e como nessas casas quase sempre existiam 2 salas, tudo ficava mais fácil: uma delas somente com poltronas para estar e outra com aparadores e mesas para o jantar. Pode ser que a história não seja exatamente esta, mas foi isso que aconteceu em minha casa e nas casas de meus amigos no início da década de 1960 quando a televisão em preto e branco começou a entrar nas camadas inferiores e médias da sociedade brasileira. Todas as mesas mostradas neste artigo foram recuperadas ou feitas com madeira de última vida. Mais assuntos sobre arte e educação em: eugenio-cincodejunho.blogspot.com.br


OBJETOS ENCONTRADOS/ A ARTE PERDIDA NAS RUAS




Quando a arte deixou de ser mero objeto decorativo ou um instrumento educativo a serviço da igreja e dos reis para fazer a festa da sociedade de consumo, ainda no século XIX, os artistas já desconfiavam que o conceito de arte se expandia para além das telas de pano ou papel e  intuíam que o futuro da arte distanciava-se cada vez mais dos lápis, goivas e pincéis. Hoje são tantas as modalidades que não usam elementos tradicionais de transporte que, ao entrar nos museus, temos sempre a impressão de que aquele extintor de incêndio pendurado na parede seja, também, uma obra de arte.

Percebemos esses movimentos, com mais freqüência, em fins dos 1900, mas os principais expoentes desse tipo de arte “incomodativa” serão mais notados nos primeiros anos do século XX quando Marcel Duchamp decreta, pelo menos para ele mesmo e seus fiéis seguidores, o fim da arte de atelier tratada com os cuidados da academia que teve seu apogeu no renascimento italiano. Para Duchamp, a arte estava também nos objetos produzidos para fins utilitários e, o que tornava esse objeto algo digno de ser visto como uma verdadeira obra de arte eram as linhas interessantes do próprio objeto. Dessa maneira, qualquer artefato mesmo industrializado, poderia ser considerado um objeto de arte se beleza tivesse para o título requintado. Uma roda de bicicleta, um vaso sanitário, um urinol, uma esfera de metal ou qualquer outro que despertasse a atenção do público pela beleza de suas formas poderia, segundo Duchamp e dadaístas empolgados, ser considerado um objeto de arte. Nós do @casacustozero e da Oficina Madeira de Rua, também pensamos assim.

Neste aspecto o século XX foi prodigioso. Nunca se produziu tantos objetos interessantes. São tantos que vários museus mundo afora se dedicam a reunir exemplares da produção industrial que conta a história do desenho no século XX. Neste particular a Itália abusou das práticas do bom desenho valendo-se da verve criativa de seu povo. Da ponta dos lápis de seus desenhistas surgiram os melhores trabalhos para os mais interessantes objetos. A Itália é possivelmente o país que mais reúne patentes protetoras das formas produzidas por seus criativos desenhistas. Na sequência alguns objetos que encontramos pelas ruas e que, certamente, encheriam de encanto os olhos de Duchamp. Mais discussões sobre o tema ver em: eugenio-cincodejunho.blogspot.com.br/estetica-do-descartavel




Objeto1. Quase pássaro: pingo de polietileno




Objeto 2. Pinos: formas de resina descartadas



Objeto 3. Nuvem: pingos de polietileno


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segunda-feira, 20 de junho de 2016

OUTRAS CADEIRAS




Como já dissemos no início deste trabalho, as cadeiras são os móveis mais desenhados e construídos. Poucos são os desenhistas de mobiliário que não tenham, em algum momento de suas vidas, pensado na forma de uma cadeira para produção em série ou peça única. O mesmo ocorre com os arquitetos que gostam de decoração de interiores. No Brasil, Niemeyer, dentre os arquitetos é a figura de maior expressão. Todavia os móveis mais cobiçados são as cadeiras moles de Sérgio Rodrigues. Na Europa os nomes mais conhecidos são Marcel Breuer, Alvar Aalto e Harry Bertoia. Na sequencia alguns exemplares produzidos pelo Madeira de Rua com madeira de última vida. Veja mais sobre cadeiras em: eugenio-cincodejunho.blogspot.com.br


Cadeira para varanda e jardim em pinus e madeira compensada.


Cadeira feita com materiais reaproveitados de outras cadeiras.


Peça produzida a partir do que sobrou de uma cadeira clássica.

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DIFERENTES OBJETOS FEITOS PARA SENTAR




Os bancos de madeira, muito presentes nas casas do interior, mais recentemente, passaram também a ocupar espaços nas páginas das revistas que cuidam da decoração dos lares brasileiros. É possível que sua inserção nas casas das classes mais abastardas deva-se ao trato que arquitetos, designers e marceneiros deram ao móvel, tirando-o da condição de simples objeto para descanso. O banco definitivamente, foi elevado à categoria de peça decorativa ocupando na oficina do Madeira de Rua um lugar privilegiado. Além dos exemplares que consertamos, produzimos algumas réplicas e peças autorais como as que vemos abaixo.


Peça em madeira reaproveitada: canela, pinus e imbuia.

Peça em pinus aproveitado dos pallets e pintado com tinta plástica.

Banco para balcão com assento de papel.

Veja também:   





domingo, 19 de junho de 2016

APARADORES DE MADEIRA


Imagens WEB para fins didáticos.


Não sabe-se bem ao certo quando homens e mulheres começaram a sentir falta de um móvel estreito que ficasse entre a cozinha e a sala de almoço e jantar. Este móvel chama-se aparador e tem a função expressão pelo nome. Os aparadores servem para auxiliar na distribuição dos alimentos e acondicionar os objetos que serão utilizados nas refeições especialmente quando o número de pessoas é muito grande. Vejamos alguns exemplos produzidos pela oficina Madeira de Rua.








SUPORTES PARA COPOS E PRATOS




Seguindo a mesma linha das flores, inúmeros artistas e artesãos se esmeram na confecção de objetos feitos com jornais e revistas com data vencida. Por serem de bom tamanho, os jornais aparecem como preferidos e sua utilização na confecção de jarros, bolsas e fruteiras vem se tornando bem comum e fazendo à natureza um bem extraordinário. São centenas de produtos circulando pelas feiras de artesanato, mas quase todos partem da mesma estrutura inicial que é um canudo muito fino e resistente, como o que vemos na foto abaixo.




O produto apresentado funciona como aparadores de copos, pratos e panelas. O que varia é o seu tamanho. Quem preferir pode utilizá-los apenas para decorar sua mesa.





SINGELAS FLORES DE PAPEL



Por mais humilde que sejam, as pessoas gostam de arrumar os seus lares e uma das coisas que não deixam de aparecer sobre mesas e consoles são as flores artificiais, de papel e de pano (por longas décadas) e na última metade do século XX, as apedrejadas e adoradas flores de plástico criadas a partir das facilidades promovidas pelo beneficiamento dos derivados de petróleo. Mais recentemente uma legião de artesãos preocupados com a montoeira de papel descartado todos os dias em todos os cantos do mundo resolveu aplicar jornais, revistas, papeis velhos e similares na fabricação dessas interessantes formas de adorno.

Imagem WEB, utilizada para fins didáticos.

Pensando nisso, resolvemos criar flores no formato dos cones de amendoim, utilizando uma leva de papéis coloridos que andavam esquecidos pelos cantos da casa. Vejam a primeira foto.



Vejam como elas ficaram arrumadas no jarro que aparece na foto.


Em breve postaremos mais algumas opções utilizando papeis descartados. 

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E não deixe de fazer flores de papel para alegrar seu ambiente.

sábado, 18 de junho de 2016

QUANDO APARECERAM AS CADEIRAS?

Não sabemos bem, mas é certo que as primeiras apareceram quando o homem compreendeu que na qualidade de animal nômade as produções se perdiam com mais facilidade. Isto quer dizer que o mobiliário mais construído no mundo tem sua origem nas sociedades sedentárias. Todavia, para efeito das informações contidas neste trabalho, podemos tomar como referência o mobiliário produzido pelos egípcios a mais de 5000 anos. Nenhuma sociedade, até então, tinha demonstrado tanta preocupação com os seus objetos para sentar.


É possível que venha desses cuidados iniciais o nosso costume de produzir bancos e cadeiras. Nenhum móvel é tão desenhado no mundo e nós, membros da família Casacustozero, temos a mesma mania, agora revestida de preocupações que evitem a utilização de madeira de primeira vida.




POR QUE CASACUSTOZERO?



O homem contemporâneo é um homem predador. Aprendemos por muito tempo a viver do extrativismo certos estávamos de que as reservas naturais eram inesgotáveis, em especial as reservas vegetais, mas hoje já sabemos que as coisas não seguem essa lógica simplista: todas as produções da natureza podem um dia desaparecer.

Pensando nisso resolvemos entrar para o time daqueles que se recusam a comprar produtos de madeira virgem para evitar o corte de outras árvores. Não temos dúvidas de que a madeira cortada que rola mundo afora é suficiente para que inúmeras gerações vivam muito bem sem a derrubada de florestas. Toda a madeira que existe em nossa casa na forma de mobiliário, tem a marca do reaproveitamento, daí a expressão Casacustozero, que será melhor detalhada a partir das imagens utilizadas nesta primeira página.

Cadeira Gerrit Rietveld - 1934

Utilizamos para ilustrar a cadeira de Gerrit porque já na década de 1930 o designer demonstrava essa preocupação. Essa cadeira é simples, mas confortável e toda madeira foi aproveitada dos pallets encontrados pelas ruas dos subúrbios carioca.

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Então vamos preservar?!